Há uns trezentos anos um português, num país do outro lado do Atlântico, ergueu a sua espada e gritou ”Independência ou morte”.
Como ninguém que interessasse morreu, há quem diga que o Brasil ficou independente e que tudo mudou.
Mudou tanto que D. Pedro saiu do seu palácio de manhã como príncipe regente e voltou como imperador… E o Brasil, que pagava a Portugal uns milhares de réis de impostos, pagou a Portugal uns milhares de réis como compensação por ter pedido o divórcio.
A mudança foi tão grande que, alguns anos mais tarde, aquele mesmo português que era o Primeiro, voltou a cruzar o oceano para ser o Quarto.
Hoje um outro português, aqui em terras alfacinhas, ergue o seu microfone e grita ”Libertação ou morte”.
Como ninguém que interessasse morreu, há quem diga que Portugal está livre da COVID e que tudo mudou.
Mudou tanto que já podemos continuar a usar máscaras nos centros comercias, nas universidades, nos colégios, nos cinemas, nos teatros e em tantos outros lugares… e ainda temos a liberdade de escolher entre mostrar um certificado digital ou pagar por um autoteste.
A mudança foi tão grande que, daqui a alguns anos, esse mesmo português que era primeiro ministro, cruzará os céus para ocupar algum alto cargo algures na Comissão Europeia.
E ainda dizem que não aprendemos como o nosso passado!